OS CUIDADOS MAIS IMPORTANTES QUE SE DEVE TER COM A CARGA

Imagino que você já deve ter se sentido inseguro ao pensar se a sua carga vai chegar preservada, certo? Realmente existem cuidados essenciais que devem ser tomados para preservar a integridade dos produtos na hora do armazenamento e do transporte. 

Para garantir um bom frete, é necessário primeiro, entender as particularidades de cada carga. Por exemplo, existem produtos que demandam um cuidado maior para serem armazenados e transportados, e outros que são que não precisam de tantos fatores específicos na hora do frete, esse é o caso das cargas secas.

CARGAS SECAS

São produtos mais resistentes, que não deterioram com facilidade e podem ser transportados sem cuidados específicos. As mais comuns são os alimentos não perecíveis como arroz, feijão, açúcar, café torrado, entre outros que dispensam a refrigeração.

As cargas secas são responsáveis por movimentar a maior parte do setor de logística.

Incluídos nessa categoria também estão:

  • Artigos de vestuário;
  • Produtos de higiene pessoal;
  • Eletrodomésticos; 
  • Móveis; 
  • Madeiras; 
  • Ferragens; 
  • Encanamentos; 
  • Produtos de limpeza;
  • Ferramentas;
  • Peças automotivas;

PRINCIPAIS CUIDADOS

PROTEÇÃO CONTRA O CLIMA

Mesmo não tendo influência sobre algumas cargas secas, os fatores climáticos como o sol forte e a chuva podem danificar alguns materiais, por isso é importante evitar a exposição da carga.

ORGANIZAÇÃO E ARMAZENAGEM

O empilhamento correto da carga em armazéns e nos veículos de transporte é muito importante para manter a integridade dos produtos. A fixação adequada deve ser bem planejada.

EVITAR SOBRECARGA

O excesso de peso aumenta as chances de danos na carga e até de acidentes. Portanto, é sempre importante respeitar os limites seguros de armazenagem e transporte do veículo.

 

A IMPORTÂNCIA DE TER UMA BOA GESTÃO DE FROTAS

A gestão de frotas é um processo fundamental para garantir bons resultados com a logística de transportes de uma empresa. Trata-se da organização de recursos e informações para gerenciar os modais de transporte que uma empresa possui ou utiliza. É uma forma de centralizar todas as atividades de controle, como manutenção, combustível, controle de quilometragem, entre outros detalhes, com objetivo de minimizar pontos negativos e maximizar os resultados positivos. 

Faz parte dessa gestão planejar rotas assertivas com o intuito de reduzir tempo, custos e falhas. O objetivo é otimizar o serviço de transporte para que os custos sejam reduzidos, tanto para a empresa, quanto para o cliente. Por isso, fazer um gerenciamento de veículos mais eficiente ajuda a prever situações e garantir um uso consciente dos recursos dentro de uma empresa.

Essa gestão inclui o desenvolvimento de práticas para que esses processos atinjam as metas determinadas, com a melhor otimização de investimento. Algumas dessas práticas são:

  • Análise das informações internas e externas para prevenção de riscos;
  • Manutenção e controle das frotas;
  • Escolha de veículos que consomem menos combustível ou que utilizem combustíveis mais eficientes;
  • Construção de estratégias para diminuir custos;
  • Rotas otimizadas;
  • Monitoramento de resultados.

Nos últimos anos, para melhorar cada vez mais esse gerenciamento, as empresas vêm investindo na implementação de softwares que permitem a coleta e armazenamento dos dados para uma posterior análise e auxílio na tomada de decisão. Com isso, o gestor pode ter um maior controle a respeito da sua frota e da sua operação, recebendo, inclusive, alertas para que ele possa agir sobre problemas que estão ocorrendo ou mesmo que vão ocorrer.

Podemos perceber então, que através de um planejamento assertivo e de uma execução baseada em ações previamente estabelecidas é possível criar uma gestão de frotas dinâmica, produtiva e, acima de tudo, segura. Por isso que a gestão traz inúmeros benefícios para a empresa, que consegue ter mais controle, transparência e economia de recursos. 

LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL: A IMPORTÂNCIA DO SETOR NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

O que pode ser novidade para muitos, já vem ganhando muito espaço no mercado de logística no mundo todo, e agora no Brasil. A logística sustentável está sendo adotada por grandes empresas como Unilever, Coca-Cola, etc. Esse conceito é a crença de que é possível entregar um serviço de qualidade, gerando resultados positivos para o setor e reduzindo os impactos ambientais.

O conceito de adotar práticas mais sustentáveis no transporte de cargas surge como uma necessidade para ajudar a diminuir os impactos no meio ambiente frente às grandes mudanças climáticas das últimas duas décadas. 

Para que se tenha ideia do impacto do setor, a logística representa em média 8% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e cerca de 12,5% do PIB brasileiro. Porém, entre 9% e 12% da energia no mundo e 19% da energia no Brasil é consumida pelo setor. Isso significa toneladas de emissão de CO₂, principal gás de efeito estufa. 

A partir dessa lógica, as empresas começaram a perceber a necessidade de adotar essas práticas mais sustentáveis. Percebeu-se também que além de contribuir com o meio ambiente, ao adotar tais medidas, é possível chamar a atenção do governo e de investidores que estejam alinhados com essa ideologia.

Além disso, o objetivo também é chamar a atenção do público que apoiam essas causas e valorizam essa postura por parte das empresas, aumentando sua competitividade no mercado.

Especialistas definiram quais são as  principais medidas que o setor de logística precisa adotar para torná-lo mais sustentável:

  • Redução do impacto sobre o ar, solo, água, fauna, flora;
  • Redução da emissão de gases poluentes na atmosfera;
  • Descarte adequado de resíduos;
  • Contratação de mão de obra local;
  • Otimização de rotas para a preservação dos recursos naturais.;

É importante ressaltar que a adoção de práticas sustentáveis é algo que deve ser feito por todos os setores, tanto da economia, quanto da sociedade. Se cada um fizer sua parte, podemos colaborar imensamente com a preservação do meio ambiente e da vida no nosso planeta! 

 

RODOVIÁRIO OU FERROVIÁRIO: O QUE DEVO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO NA HORA DE ESCOLHER?

Há alguns dias falamos um pouco das características, vantagens e desvantagens dos transportes aéreos e marítimos. Hoje vamos falar dos transportes rodoviário e ferroviário, e o que você deve levar em consideração na hora de escolher o melhor modal para o transporte da sua carga.

É importante ressaltar que é imprescindível que você tenha a opinião de profissionais da área da logística, pois eles irão te auxiliar sobre qual é realmente a melhor opção de escolha que você precisa. 

RODOVIÁRIO

O transporte rodoviário é o mais conhecido e o mais utilizado para a logística em todo o território nacional. Isso se deve ao maior investimento que é feito por parte do governo em infraestrutura de rodovias, diferentemente de outros modais, que ainda estão na fase de expansão, ou na de desativação. 

Esse modal é o mais aconselhado para o transporte de cargas em curta distância. A grande vantagem é sem dúvidas a flexibilidade nas rotas, permitindo que seja realizado todo e qualquer tipo de transporte em quase todo território nacional.

A grande desvantagem talvez seja a limitação na quantidade de carga transportada numa única vez. Os valores altos dos combustíveis e pedágios também encarecem muito essa opção. Além disso, o transporte rodoviário é o mais suscetível aos roubos, acidentes e consequentemente, extravio da carga.

FERROVIÁRIO

Já o transporte ferroviário possui características únicas que o diferem dos outros modais. O Brasil é um grande exportador de matéria prima como minério, madeira, entre outros. Além disso, é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, sendo referência na exportação de soja, café, laranja, etc. 

Todos esses produtos são produzidos em diversas partes do país e são exportados majoritariamente por meio do transporte marítimo. O transporte ferroviário é a melhor opção para levar esses produtos da zona de produção até as regiões costeiras, onde se encontram os portos.

A grande vantagem do transporte ferroviário pertence a indústria, pois permite o transporte de grandes cargas ao mesmo tempo, por um custo menor no transporte, uma vez que há uma baixa incidência de taxas nesse modal. 

Por outro lado, o ponto negativo mais destacado é a inflexibilidade de rotas, pois o investimento em ferrovias no Brasil hoje em dia é muito baixo. Outra desvantagem do uso desse modal, é que ele é muito dependente de outros meios de transporte para fazer o produto chegar no seu destino final.

Agora que você já tem uma ideia de como funciona cada um desses modais, você poderá fazer uma análise mais assertiva do que é melhor para o que você precisa.  

 

AÉREO x MARÍTIMO: AS DIFERENÇAS, VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA UM

Quando pensamos em logística de transporte de carga internacional, logo pensamos nos “modais”. Esse nome é utilizado para definir a categoria de acordo com o modo de transporte.

Hoje vamos falar um pouco dos modais Aéreo e Marítimo. Esses são os principais meios de transportes internacionais de cargas, utilizados em todos os 4 cantos do mundo. Cada um tem suas particularidades, vantagens e desvantagens.

AÉREO

De longe, a principal característica desse modal é a rapidez com que se é possível levar algo de um lugar ao outro. O transporte, que quando feito por outros modais pode durar até meses, pela via aérea, pode levar apenas horas.

Uma outra vantagem também é a preservação da integridade do produto. Esse modal é muito utilizado para o transporte de produtos eletrônicos e alimentícios, além de outros produtos com prazos de validade curtos.

Porém tudo isso tem um preço maior. A desvantagem do transporte aéreo é o preço bem mais elevado que de outros modais. Além disso, a limitação na quantidade de carga é um ponto negativo para quem precisa fazer transportes volumosos e de grande quantidade.

MARÍTIMO

Um dos modais mais antigos, o transporte marítimo é utilizado para o envio de cargas de todos os tipos, além de ser o principal meio de transporte de cargas muito grandes. A grande vantagem é o custo mais baixo do frete.

Outro ponto positivo é a segurança no transporte de produtos, com baixo risco de furtos, perdas e extravios.

O principal ponto negativo é o prazo de entrega mais longo, uma vez que o transporte marítimo é mais lento que o aéreo, por exemplo. Outra desvantagem é a burocracia na documentação das cargas importadas e exportadas, o que torna a liberação das mercadorias mais demoradas.

Cada modal tem sua particularidade, portanto analise com profissionais da área para escolher qual é o melhor meio de transporte para o que você precisa.

Engarrafamento Marítimo? Atrasos? Prejuízos? As consequências bilionárias do navio encalhado no Canal de Suez.

Você já deve estar sabendo da notícia que correu o mundo essa semana sobre o navio que está encalhado no Canal de Suez. Mas você sabe realmente quais são os impactos que esse acontecimento pode causar no mundo inteiro?

O Canal de Suez é uma passagem artificial localizada no Egito, entre o Mar Maditerrâneo e o Mar Vermelho. Ele foi construído no final do século passado, mais especificamente de 1859 a 1869.  A largura média do canal é de 365 metros, dos quais 190 m são navegáveis, e o comprimento total da obra é de 195 km.O objetivo da construção foi encurtar a rota marítima entre o ocidente e o oriente. Desde a sua inauguração em 1869, é uma das principais travessias marítimas do mundo para o transporte de mercadorias e matérias-primas.

Desde terça-feira, 23/03/2020, a passagem pelo canal está bloqueada pelo cargueiro Ever Given, um mega navio carregado com 20 mil contêineres que encalhou devido a uma falha técnica e gera preocupação em todo mundo por bloquear a passagem dos demais navios. Ao todo, o engarrafamento marítimo do lado de fora do Canal é de mais de 200 navios aguardando a liberação para realizar a travessia. 

O problema é que a rota alternativa para esses navios seria dar a volta no Cabo da Boa Esperança, que fica na África do Sul, ou seja, isso adicionaria mais de 2 semanas na rota de cada navio, ocasionando prejuízos milionários para as empresas. E os prejuízos não param por aí. 

O tráfego marítimo diário através do canal de Suez é avaliado em 9,6 bilhões (54,5 bilhões de reais), de acordo com uma primeira estimativa do Lloyd’s List Intelligence, especializada no setor. “Se o Canal de Suez permanecer bloqueado por mais 3 ou 5 dias, isso começará a ter ramificações globais muito sérias”, disse Niels Madsen, vice-presidente de produtos e operações da consultoria dinamarquesa Sea-Intelligence, à agência Reuters.

Os impactos desse grande problema na logística mundial já começaram a ser sentidos, tendo inclusive causado uma alta de cerca de 6% no preço do petróleo.

A empresa Shoei Kisen Kaisha, dona do Ever Given, pediu desculpas pelo ocorrido e disse estar tentando solucionar a situação o mais rápido possível, mas acrescentou que a remoção do navio tem se mostrado “extremamente difícil”. Especialistas estimam que a retirada do navio e o desbloqueio do Canal de Suez pode demorar meses, agravando ainda mais a crise global. 

 

Ano Novo Chinês 2021

Todos sabemos da situação crítica na china que vem se estendendo desde o ano passado com a falta de equipamentos e espaço nos navios, e com a proximidade do Ano Novo Chinês, esta questão tende a ficar ainda mais desafiadora.

Este ano, o feriado será entre os dias 11/02/21 até 17/02/21.

A NOSSA DICA É: ANTECIPE A SUA RESERVA!

A P1 Forwarding tem uma equipe preparada para atendê-los com agilidade e seriedade, garantido sempre o seu embarque no menor tempo possível.

QUAL O IMPACTO DA NOVA CEPA DO CORONAVÍRUS NA LOGÍSTICA MUNDIAL?

A aparição no Reino Unido de uma nova cepa do coronavírus, muito mais infecciosa que as outras, preocupa os epidemiologistas e levou vários países a suspender seus voos procedentes do território britânico.

A nova variante, que está sendo chamada de B.1.1.7, já foi detectada na Holanda, Dinamarca e Austrália. Modelos de computador sugerem que ela é 70% mais transmissível que outras cepas da Sars-Cov-2.

Já são pelo menos 13 países da União Europeia que fecharam suas fronteiras com o Reino Unido na tentativa de frear a propagação desta nova cepa do coronavírus, entre eles estão Alemanha, Itália, França e Holanda.

A América Latina, pouco a pouco, segue os passos da Europa. Argentina, Colômbia, Chile e Peru também já anunciaram a suspensão de todos os voos procedentes do Reino Unido. A medida foi um indício do alarme que se acendeu numa região que ainda não superou a primeira onda da pandemia. Coincide também com as viagens do final de ano, quando o tráfego intercontinental costuma a aumentar.

Este novo cenário irá impactar ainda mais a estabilidade das cadeias de suprimentos ao redor do globo. Ainda não há previsão de quando a situação se normalizará, mas o mais importante agora é controlar a disseminação desta nova variante para que o impacto mundial seja o menor possível.

 

SITUAÇÃO COVID-19

Devido à crescente expansão do COVID-19, medidas em nível global estão sendo adotadas para garantir a saúde e segurança da população. Para nós, da P1 Forwarding, é de extrema importância seguir estas diretrizes para evitar situações de risco aos nossos colaboradores e, ao mesmo tempo, encontrar as melhores práticas de atendimento e entrega dos serviços aos clientes, reduzindo ao máximo o impacto nas operações logísticas.

O cenário comercial internacional está sendo afetado diretamente acerca de custos de frete e programações, mas seguimos acompanhando de perto junto aos nossos parceiros para possibilitar o melhor atendimento aos nossos clientes mesmo em face dessa situação. Estamos trabalhando intensamente para garantir a cadeia de serviços.

Reforçamos que a equipe P1 Forwarding prestará atendimento normalmente, evitando práticas não emergenciais (feiras, eventos, viagens, reuniões presenciais, visitas técnicas) sempre que possível, e adotando novas medidas quando forem necessárias.

Nossos serviços comerciais, de pricing e bookings continuam em operação, aceitando reservas de carga consolidada marítima/ aérea e carga FCL (seja exportação e importação).

Havendo a necessidade de análise, em uma eventual necessidade de desvio da carga por imprevistos da cadeia de fornecimento, causados por possíveis restrições externas, comunicaremos pontualmente as alternativas viáveis e seguras, para cumprir com nossos compromissos operacionais.

Nosso departamento comercial permanece a inteira disposição para qualquer demanda que apresente.

Mantemos nossos compromissos de atendimento ao cliente e estaremos sempre à disposição.

INCOTERMS 2020: A ATUALIZAÇÃO DOS TERMOS PARA ACORDOS COMERCIAIS INTERNACIONAIS

Os Incoterms são os Termos que abrangem e indicam a responsabilidade entre as partes envolvidas em uma negociação comercial internacional. Entraram em vigor com a primeira publicação em 1936 e são atualizados a cada 10 anos, com o intuito de acompanhar o desenvolvimento do Comércio Internacional.

A versão atualizada dos Incoterms foi lançada globalmente em 10/09/2019 pela ICC (Câmara Internacional do Comércio) e inicia vigência no dia 01 de janeiro de 2020.

A atualização utilizada até o fim de 2019 aconteceu em 2010 e continha 11 termos, cada um deles representado por três siglas, que eram divididos nas categorias E, F, C e D, de acordo com o dever de cada parte na contratação dos serviços de frete / seguro e burocracias na transação comercial.

Confira as diferenças sobre o que cada sigla representa:

E: Os produtos são disponibilizados ao comprador na fábrica ou instalações do vendedor;

F: O vendedor é obrigado a entregar os produtos ao transportador contratado ou indicado pelo comprador;

C: O vendedor é obrigado a contratar o transporte para os produtos, sem assumir riscos de perda, extravio ou dano, nem despesas adicionais decorrentes de fatos ocorridos após o embarque;

D: O vendedor é obrigado a arcar com todos os custos e riscos inerentes ao transporte e entrega dos produtos ao local de destino.

Muito se especulou quanto a quais mudanças ocorreriam no modelo dos termos de 2010, como acerca da eliminação dos incoterms: EXW (Ex Works), DDP (Delivery Duty Paid) e FAS (Free Alongside Ship), mas na verdade, superficialmente as mudanças foram poucas. É a partir da análise de cada Incoterm que vemos a real proposta da nova versão.

 

Figura 1 – A História dos Incoterms

Fonte: Fazcomex, 2020

 

As mais importantes mudanças nos Incoterms 2020 que de fato foram aplicadas nessa edição, seguem listadas segundo a ICC (Câmara Internacional de Comércio):

 

  • Conhecimento de Embarque (BL) com emissão a bordo para transações FCA: segundo esse termo comercial, o local da entrega pode se dar no próprio estabelecimento do vendedor/exportador ou em outro local nomeado no contrato. O termo FCA foi revisado para incluir um mecanismo opcional, onde o comprador/ importador, que é o responsável pela contratação do frete principal, deve instruir o transportador a emitir o BL a bordo para o vendedor logo após o embarque. Logo após o vendedor deverá enviar o conhecimento para o comprador, a fim de viabilizar o desembaraço da carga no destino.

 

  • Diferentes níveis de cobertura de seguro para os termos CIF e CIP: embora o ponto de transferência do risco seja igual para ambos (carga entregue ao transportador principal, contratado pelo vendedor), a cobertura mínima exigida é diferente em cada um deles. O termo CIF permanece com a obrigatoriedade de cobertura mínima – enquanto para o termo CIP, entrará em vigor a necessidade de contratação de seguro com cobertura máxima. Mas as partes ficam livres para negociar níveis diferentes de cobertura, desde que expressamente descritas em contrato, a fim de evitar disputas futuras.

 

  • Transporte por veículos próprios: considera que o transporte pode ser feito por meios próprios, não sendo obrigatória a contratação de terceiros para a realização dessa atividade, nos termos FCA, DAP, DPU e DDP.

 

  • Segurança do transporte: inclusão de requisitos bem claros relacionados às obrigações das partes no que tange à segurança no transporte e os custos envolvidos.

 

  • Inclusão do ‘Explanatory Notes for Users’: para cada termo a ser descrito, foi incluída uma nota explicativa para os usuários com detalhes sobre quando deve ser utilizado (incluindo comparações com outros termos), o ponto de transferência do risco e como os custos devem ser alocados.

 

  • Reorganização da alocação dos custos: nessa nova versão, o arranjo dos custos ficou muito bem detalhado. Essa atualização veio da necessidade de listar todos os custos envolvidos na operação em uma só sessão do guia.

 

  • Substituição do termo DAT pelo DPU: a mudança ocorreu para explicitar que a entrega pode ocorrer em qualquer local nomeado, e não apenas em um terminal. É importante ressaltar que a entrega e transferência do risco ocorrem após a descarga da mercadoria, à disposição do importador. As formalidades aduaneiras (desembaraço) nesse caso são de responsabilidade do importador.

 

Os Incoterms 2020 ficaram então como representado nas figuras abaixo:

 

Figura 2 – Tabela de Incoterms 2020

Fonte: Fazcomex, 2020

 

Figura 3 – Incoterms 2020: as mudanças

Fonte: Fazcomex, 2020

 

Nota-se também a mudança de posição de alguns termos devido à sua abrangência / importância de acordo com análise da Câmara Internacional de Comércio.

“As regras do Incoterms 2020 fazem os negócios funcionarem para todos, facilitando trilhões de dólares no comércio global anualmente. Como ajudam a entenderem responsabilidades  e evitarem mal entendidos, as regras formam o idioma das transações internacionais de vendas. Também ajudam a criar confiança em nosso valioso sistema de comércio global”, explicou o secretário-geral da ICC, John WH Denton, durante o lançamento do Incoterms 2020.

Deve-se ressaltar também que, conforme regras do INCOTERMS, não se faz obrigatória a aplicação dos termos atualizados, desde que esteja explícito nos documentos qual a versão que está sendo utilizada.

É essencial, a todos que comercializam ou fazem parte mesmo que indiretamente das comercializações internacionais, saber acerca dos termos de negociação e sua correta abrangência e aplicação considerando as particularidades dos casos, para que, de forma clara, o dever e o direito de cada parte esteja delineado e documentado desde o início da transação. Os Incoterms vêm justamente com essa função, nada mais do que simplificar o Comércio Internacional a partir de uma cartilha regulamentadora.

 

REFERÊNCIAS

BUENO, Sinara. Incoterms 2020 lançamento global. <https://www.fazcomex.com.br/blog/incoterms-2020/>. Acesso em: 07 jan. 2020.

COMMERCE, International Chamber of. Incoterms 2020. Disponível em: <https://iccwbo.org/resources-for-business/incoterms-rules/incoterms-2020/>. Acesso em: 08 jan. 2020.

GOYAL, Rahul. Incoterms 2020 Rules To Be Implemented January 1st 2020. Disponível em: <https://www.bdginternational.com/incoterms-2020-rules-to-be-implemented/>. Acesso em: 07 jan. 2020.

LAVOR, Alfredo Kleper. Incoterms 2020: as mudanças. Disponível em: <https://blog.intradebook.com/pt/incoterms-2020-as-mudancas/>. Acesso em: 08 jan. 2020.

MARÍTIMO, Guia. Incoterms. Disponível em <https://www.guiamaritimo.com.br/utilidades/incoterms>. Acesso em: 07 jan. 2020.

MARÍTIMO, Guia. Incoterms 2020. Disponível em <https://www.guiamaritimo.com.br/noticias/mercado/incoterms-2020>. Acesso em: 07 jan. 2020.

TRANSPORT, Allog International. Incoterms 2020: Entenda O Que Mudou Nas Regras Do Comércio Exterior. Disponível em: <https://www.allog.com.br/blog/incoterms-2020-entenda-o-que-mudou/>. Acesso em: 07 jan. 2020.