Canal de acesso a complexo portuário de SC é reaberto após 16 dias fechado por causa das fortes chuvas

O canal de acesso ao complexo portuário de Itajaí e Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi reaberto às 10h de sábado (21), informou o Porto de Itajaí. O local estava fechado desde 5 de outubro por causa das fortes chuvas que atingiram a região.

Santa Catarina teve 153 municípios que decretaram situação de emergência por causa de estragos relacionados ao mau tempo. Desses, quatro também fizeram o documento para indicar situação de calamidade pública: Rio do Sul, Taió, Rio do Oeste e Laurentino, todos no Vale do Itajaí. Seis pessoas morreram e os prejuízos com as chuvas ultrapassam R$ 1,1 bilhão, conforme a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil do estado.

Com a reabertura do canal, sete navios já entraram. Estão previstos outros 20 até 31 de outubro. Desde o dia 5 deste mês, quando houve o fechamento do canal, mais de 40 navios deixaram de entrar no Complexo Portuário.

Até este domingo (22), não era possível mensurar os prejuízos, que devem ser divulgados em um relatório futuro. Além disso, o Porto de Itajaí está sem operações com contêineres desde janeiro.

Fonte: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2023/10/22/canal-de-acesso-a-complexo-portuario-de-sc-e-reaberto-apos-16-dias-fechado-por-causa-das-fortes-chuvas.ghtml

Falta de chuva e temperaturas elevadas: seca na Amazônia está gerando grande estresse logístico no Brasil

É de conhecimento geral que, nas últimas semanas, o Rio Amazonas atingiu níveis críticos em decorrência da seca extrema – o que impactou severamente a navegabilidade de navios na região amazônica.

O fluxo de navios e barcos é o principal meio de transporte na região e o único meio de acesso a instalações de saúde e educação para muitas comunidades. As maiores embarcações não conseguem mais acessar o porto de Manaus devido à redução do nível de água em trechos críticos para abaixo da profundidade mínima necessária para a passagem com segurança dos navios de grande calado. A alternativa é transportar as cargas por balsas entre Manaus e o porto Vila do Conde, no município de Barcarena, no Pará, onde os navios estão transferindo a carga.a

A seca deste ano é agravada por dois eventos naturais simultâneos, sendo o principal deles o El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, reduzindo ainda mais as já baixas precipitações registradas durante a estação seca.

Operadores logísticos alertaram clientes ao longo desta semana que não há previsão de quando os grandes navios voltarão a entrar em Manaus. A MSC divulgou um comunicado dizendo que a empresa tem se esforçado na busca de soluções para auxiliar na continuidade da prestação do serviço, bem como para diminuir os prejuízos sofridos por todos.

Até aqui, a situação foi administrada com rearranjos de produção que vêm evitando a paralisação completa das linhas. Porém, com o estresse logístico aproximando-se do limite, sem a perspectiva de normalização da navegabilidade no curto prazo, algumas empresas convocaram reuniões para discutir a adoção de férias coletivas nos próximos dias.

Atuação das mulheres no comércio exterior

Ainda que a presença feminina esteja apagada em diferentes momentos da história, as mulheres estão envolvidas nas operações do comércio internacional desde a antiguidade, com a venda de produtos para países estrangeiros nos portos e feiras. Geralmente, elas dependiam da permissão do marido, que já trabalhava nessa área.

Mesmo que os livros tenham deixado de lado a contribuição feminina para o comex, essas mulheres foram fundamentais para a construção de riqueza de seus países. Muitas vezes, elas comercializavam matérias-primas, artefatos e alimentos ou agiam indiretamente, fornecendo esses itens para serem vendidos pelos homens.

Quando falamos de comex, nos últimos 20 anos, tem sido possível observar mais profissionais femininas, inclusive em posições de destaque. Além de ocupar bons cargos, elas têm feito mais cursos e especializações para atuar na área. Essa representatividade é muito importante para que outras mulheres se sintam inspiradas a ingressarem num setor que ainda é majoritariamente masculino.

De acordo com o artigo “External Trade Effects on Women’s Employment: The case of Brazil”, de Marta Reis Castilho, 53% dos cargos de alta qualificação são ocupados por mulheres nas empresas de exportação. Já nas de importação, esse número representa 32,4%.

Embora com percalços, as mulheres têm consolidado seu espaço em todos os âmbitos da sociedade. No comércio exterior, o avanço delas tem sido expressivo e a tendência é ser cada vez mais forte.

Certificação OEA: entenda o que é e sua importância

As operações de comércio exterior são complexas. Elas exigem atenção a uma série de processos e regulamentações. Ter todos os documentos em dia e cumprir as etapas formais para importação e exportação pode ser uma tarefa difícil. Por isso, o governo busca formas de viabilizar os trâmites para transações de comércio internacional.

Aqui no Brasil, em novembro de 2020, a certificação OEA passou a integrar o Regulamento Aduaneiro, sendo considerada hoje uma ferramenta facilitadora de negócios com outros países.

Na prática, a certificação reconhece o Operador Econômico Autorizado (OEA) como um parceiro estratégico da Receita Federal que, após ter comprovado os requisitos e critérios do Programa OEA, é considerado um operador confiável e de baixo risco. Nessa condição, ele passa a ter benefícios dados pela aduana brasileira, ganhando mais agilidade e previsibilidade de suas cargas nos fluxos do comércio internacional.

Quando as empresas têm sucesso e obtêm a certificação OEA, passam a atuar como parceiras estratégicas da Receita Federal. Isso porque as companhias mantêm a transparência e o compliance em todo o fluxo de processos de importação e exportação.

Um Operador Econômico Autorizado (OEA) fortalece o posicionamento do Brasil no comércio internacional, já que torna as negociações mais simples, assertivas e eficientes.