Importação de Máquinas: Estratégia e Processo

Investir em inovação é essencial para manter a competitividade no mercado nacional. Por isso, muitas empresas têm adotado a importação de máquinas, buscando tecnologias avançadas que promovem eficiência operacional e redução de custos. Entre janeiro e outubro de 2022, as importações aumentaram em 13%, totalizando US$ 20,4 bilhões.

Setores como construção civil, indústria e agronegócio dependem fortemente dessas importações. Em 2023, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) registrou um aumento nas importações, especialmente nos setores agrícola (41,5%), logística e construção civil (18,2%), e indústria de bens de consumo (16,6%).

O processo de importação de máquinas exige habilitação no RADAR, cadastro no Siscomex e contratação de despachantes aduaneiros. É crucial escolher fornecedores estrangeiros confiáveis e garantir conformidade legal. Os custos variam entre 20% e 40% do valor FOB e incluem impostos, logística e despesas de nacionalização.

Existem dois regimes principais: admissão temporária, para testar máquinas antes da nacionalização completa, e importação definitiva, para adquirir maquinário integralmente. Há também a possibilidade de importar máquinas usadas, sujeitas a regras específicas e rigoroso controle governamental.

Para reduzir custos, o importador pode solicitar benefícios como Ex-Tarifário, que reduz temporariamente o Imposto de Importação, ou diferimento/redução do ICMS, dependendo do estado. Os impostos de importação variam de acordo com a classificação fiscal da máquina, mas geralmente variam de 0% a 14%.

Importar máquinas é um processo complexo, mas com planejamento adequado e conhecimento das regras, as empresas brasileiras podem obter acesso a tecnologias de ponta, impulsionando sua competitividade no mercado nacional e internacional.

Certificado USDA e requisitos para exportação de produtos de origem animal para os EUA

Empresas brasileiras estão cada vez mais interessadas em exportar para os EUA, um parceiro comercial crucial. O mercado norte-americano, conhecido por sua amigabilidade aos negócios, oferece amplas oportunidades de crescimento e é altamente desejado por empreendedores internacionais.

O setor de produtos de origem animal é particularmente atrativo para os exportadores brasileiros nos EUA. No ano passado, esses produtos figuraram como o quarto mais importado do Brasil para os EUA, destacando o potencial desse mercado.

Para entrar no mercado americano, as empresas que desejam exportar produtos de origem animal, como carnes e matérias-primas, precisam cumprir as exigências dos órgãos reguladores americanos, incluindo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Similar ao FDA, o USDA tem como função principal desenvolver e executar políticas governamentais relacionadas à agricultura, pecuária, silvicultura e alimentação, assim como fiscalizar a entrada de produtos orgânicos e de origem animal no país.

Em geral, o USDA desempenha um papel crucial na proteção do setor agrícola dos EUA contra ameaças externas e na garantia de que os produtos importados sejam seguros para os consumidores e o meio ambiente. No Brasil, o SIF (Serviço de Inspeção Federal) assegura a qualidade dos produtos de origem animal destinados ao mercado interno e externo.

É importante diferenciar o USDA do FDA, pois ambos regulam a entrada de alimentos nos EUA, mas com focos distintos. Enquanto o USDA se concentra em produtos de origem animal e orgânicos, o FDA abrange uma ampla gama de alimentos, medicamentos e cosméticos.

Para exportar produtos de origem animal para os EUA, os exportadores precisam obter o certificado do USDA, que pode ser adquirido online. Além disso, é necessário cumprir com documentações acessórias, como o Aviso Prévio, Importer Security Filing e Permissões de Importação.

Para atender a todas as etapas e requisitos para exportação bem-sucedida, é recomendável contar com consultoria especializada.

Brasil Registra Recorde de Abertura de Mercados Agrícolas no Primeiro Semestre de 2024

Em apenas seis meses de 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) abriu 72 novos mercados para produtos agrícolas brasileiros, beneficiando 30 países. Este número supera os recordes anteriores e é maior do que o registrado durante todo o ano de 2019 e 2022, que tiveram 35 e 53 novas aberturas, respectivamente.

 

Expansão Histórica em Junho

Junho foi o mês mais significativo, contribuindo para o melhor semestre da história do comércio exterior da agropecuária brasileira. Durante esse mês, foram abertos 26 mercados em 13 países, representando 32% de todas as aberturas realizadas no ano.

 

150 Novos Mercados em 18 Meses

“O Brasil é destaque global para produtos de qualidade. Batemos todos os recordes de abertura de mercados – 18 meses, um ano e meio de governo Lula -, com 150 mercados abertos para produtos da agropecuária brasileira,” destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

 

Aberturas de Mercados em 2024

As aberturas de 2024 já contemplam todos os continentes:

– África (6): África do Sul, Botsuana, Lesoto, Nigéria, Zâmbia e Egito

– Ásia (13): Arábia Saudita, Armênia, Butão, Cazaquistão, China e Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Omã, Paquistão, Quirguistão, Singapura e Turquia

– Europa (3): Belarus, Rússia e Grã-Bretanha

– Oceania (1): Austrália

– Américas (7): Canadá, México, Estados Unidos, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Peru

 

Produtos Beneficiados

Entre os principais produtos que tiveram acordos nos requisitos sanitários e fitossanitários estão:

– Pescados de cultivo e derivados

– Sementes de hortaliças

– Suínos vivos e seus derivados

– Carne suína

– Pescados

– Gelatina e colágeno de várias origens

– Proteínas processadas de aves

– Produtos à base de camarões

– Embriões bovinos

– Sêmen bovino

– Alevinos de tilápia

– Peixes ornamentais

– Carne e produtos cárneos de ovinos

– Extrato de carne bovina

– Café verde

– Ovos

– Milho não transgênico

 

Impacto Econômico

A expansão de mercados internacionais impulsionou as exportações brasileiras, com o agronegócio representando 49,6% do total nos primeiros cinco meses do ano, gerando US$ 67,17 bilhões em receita.

 

Esforços Governamentais

“Atendendo ao pedido do presidente Lula e do ministro Fávaro, temos trabalhado incansavelmente e dialogado com diversos países para oferecer mais oportunidades aos produtores rurais, facilitando a exportação e aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global,” destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

 

Resultados desde 2023

Desde o início de 2023, período em que começou o terceiro mandato do presidente Lula e a gestão do ministro Carlos Fávaro no Mapa, o Brasil alcançou um total de 150 mercados em 52 países. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

 

Evolução dos Mercados e Países Atendidos (2019-2024)

– 2019: 35 mercados | 18 países

– 2020: 74 mercados | 24 países

– 2021: 77 mercados | 33 países

– 2022: 53 mercados | 26 países

– 2023: 78 mercados | 39 países

– 2024: 72 mercados | 30 países (até o momento)