Última milha: por que o trecho final da entrega é o mais caro da logística?

A logística é formada por uma série de etapas que garantem que um produto chegue do ponto de origem até as mãos do consumidor. Entre todas elas, a chamada última milha — o trecho final do processo, responsável por levar o pedido até o cliente — é considerada a mais desafiadora e também a mais cara.

9/17/20252 min read

An orange truck driving down a street next to a tall building
An orange truck driving down a street next to a tall building

Embora muitas vezes represente apenas alguns quilômetros, a última milha concentra uma parcela significativa dos custos logísticos. Estimativas do setor apontam que, em alguns casos, ela pode chegar a representar mais de 50% do valor total da entrega. Mas por que isso acontece?

Complexidade do percurso

Ao contrário de outras etapas, em que grandes volumes são transportados de forma padronizada, a última milha lida com múltiplos destinos e prazos cada vez mais curtos. O planejamento precisa ser altamente flexível para atender consumidores em diferentes locais e horários, o que gera maior complexidade e eleva os custos operacionais.

Além disso, fatores externos como congestionamentos, restrições de circulação em áreas urbanas e até tentativas de entrega sem sucesso aumentam a imprevisibilidade e tornam esse percurso ainda mais oneroso.

Impacto direto na experiência do cliente

Se para as empresas a última milha representa altos custos, para o cliente é a etapa mais visível de toda a operação logística. Uma entrega rápida, no prazo e em boas condições fortalece a confiança na marca. Por outro lado, atrasos, extravios ou falhas de comunicação comprometem a experiência e podem afetar a reputação da empresa.

É nesse momento que a logística deixa de ser apenas um processo interno e passa a ser um diferencial competitivo, capaz de fidelizar ou afastar clientes.

Soluções que reduzem custos

Para enfrentar esse desafio, muitas empresas vêm investindo em tecnologia. Ferramentas de roteirização inteligente e monitoramento em tempo real permitem otimizar rotas, prever atrasos e reduzir tentativas de entrega malsucedidas.

Outra tendência é o uso de pontos de retirada descentralizados, como lockers e estabelecimentos parceiros, que oferecem conveniência ao cliente e reduzem os custos de reentregas.

O futuro da última milha

Com a pressão por prazos cada vez menores, o setor logístico busca soluções inovadoras e sustentáveis. O uso de bicicletas de carga, veículos elétricos e até drones já faz parte da estratégia de grandes players em centros urbanos. O desafio está em equilibrar custo, agilidade e sustentabilidade, transformando a última milha em um diferencial estratégico.

Conclusão

A última milha é o elo mais caro e sensível da cadeia logística. Encará-la como um simples obstáculo pode limitar resultados. Já tratá-la como uma oportunidade de inovação e vantagem competitiva abre caminho para eficiência, redução de custos e clientes mais satisfeitos.

Na P1, acompanhamos de perto essas transformações e buscamos soluções que garantam que a logística vá além da entrega, conectando marcas e consumidores de forma estratégica e eficiente.