Desde o final de maio, o porto de Yantian em Shenzhen foi parcialmente fechado devido a um surto de COVID-19. Desde então os números de testes positivos na região não param de crescer.
A capacidade nos principais portos do sul da China está sendo levada ao limite. Portos em Shenzhen e Guangzhou, incluindo Yantian, Shekou e Nansha, planejam manter as medidas de desinfecção e quarentena até pelo menos a próxima semana, causando um backlog ainda maior de cargas e uma maior escassez global de contêineres.
Por conta deste congestionamento, as principais companhias marítimas internacionais anunciaram planos de omitir terminais no sul da China em favor de outros portos, como Shanghai.
Como resultado disso, especialistas da indústria em todo o país estão prevendo que as taxas de frete deverão continuar a subir para níveis recordes no segundo semestre deste ano.
Além disso, engarrafamentos substanciais estão causando uma falta de capacidade de transporte rodoviário. As coletas de contêineres têm tido atrasos de mais de 10 horas e muitos transportadores estão cobrando pernoite, elevando ainda mais os custos para o cliente final.
Os atrasos nas exportações chinesas, que já ultrapassam 16 dias para os navios que não cancelaram sua escala em Yantian, ameaçam um impacto significativamente pior do que o bloqueio do Canal de Suez em março. Como consequência, veremos um aumento gigante dos fretes internacionais.