No Amazonas, a seca já está prejudicando a navegação e o abastecimento na maioria dos municípios. Para alcançar as embarcações em um porto flutuante de Manaus só com auxílio de uma ponte. O cenário impressiona; onde passava o rio, ainda há o espelho d’água, mas muita terra e lama. Nesta área, centenas de pessoas circulam todos dias vindo e indo para comunidades ribeirinhas, gente que, neste momento, enfrenta as dificuldades da seca dos rios.
O cenário de agora nem se compara com a situação vivida durante a cheia, em maio deste ano. O Rio Negro, em Manaus, está baixando uma média de 23 centímetros por dia. Na orla da cidade onde, na cheia, a margem do rio encosta na calçada, a faixa de terra está grande. Um desafio para os carregadores.
Cinquenta e nove dos 62 municípios do Amazonas já sentem os reflexos da estiagem. O município de Tefé decretou situação de emergência.
A seca criou bancos de areia ao longo do Rio Solimões. Dá para atravessar a pé de um lado para o outro. As embarcações maiores que abastecem o interior não conseguem navegar.
Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, enfrenta uma das piores secas da história do município. O Serviço Geológico do Brasil disse que não há previsão de quando os rios devem parar de baixar.
“A gente vê com preocupação. Isso tem acontecido em vários locais e nosso papel é justamente esse.Ter informação, servir informação à sociedade, para que a gente possa se preparar para esses eventos, tanto de cheia quanto de seca, e ir aprendendo a conviver com eles”, explica Flávio Castro, coordenador da Rede Hidrometeorológica.
Fonte: g1.globo.com