Do Brasil para o mundo: o mercado internacional do café

 

Suave ou encorpado, quente, gelado, expresso ou cappuccino, até os preparos mais elaborados com cremes e especiarias, podendo ser adoçado ou não. O café é uma paixão mundial e referência não apenas no cotidiano brasileiro como nas maiores negociações internacionais que movimentam a balança comercial de diversos países pelo globo. Especialmente o Brasil.

O Dia Internacional do Café é celebrado em 14 de abril. No Brasil, com o intuito de relembrar a época das grandes safras de café no país, a Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC designou o dia 24 de maio como Dia Nacional do Café no Calendário de Eventos do Brasil.

De acordo com o Ministério da Agricultura, o café é atualmente uma forte fonte de receita para centenas de municípios brasileiros. Além do fator econômico, representa um grande setor na criação de postos de trabalho na agropecuária nacional. Os expressivos desempenhos da exportação e do consumo interno conferem sustentabilidade econômica ao produtor e sua atividade.

O Brasil tem condições climáticas que favorecem o cultivo do café em 15 regiões produtoras. Essa diversidade garante cafés variados de Norte a Sul do País. Diante de diversos climas, altitudes e tipos de solo, os produtores brasileiros obtêm variados padrões de qualidade e aromas, entre as duas espécies cultivadas, arábica e robusta, os quais apresentam uma grande variedade de linhagens. Variedade essa que conquista paladares  ao redor do mundo.

De acordo com o Observatório de Complexidade Econômica (OEC), baseado no Banco de Dados de Estatísticas de Comércio Internacional das Nações Unidas (UN COMTRADE), o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, representando atualmente 16% do total das exportações da commodity. O Vietnã e a Colômbia vêm em seguida no ranking de maiores exportadores.

Como importador o Brasil simboliza apenas 0,23% das compras internacionais de café. Os principais importadores mundiais de café são os Estados Unidos, a Alemanha e a França.  Entretanto, como consumidor, o Brasil ultrapassou os EUA em 2018 e conquistou, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o título de maior consumidor do mundo. O brasileiro bebe, em média, 839 xícaras de café por ano.

A cada ano aumentam as pesquisas, inovações, e investimentos em certificações, que promovem a preservação ambiental e melhores condições tanto dos trabalhadores do setor quanto das indústrias e regiões envolvidas. O volume expressivo de cafés produzidos anualmente e a alta qualidade e diversidade das safras brasileiras fazem do Brasil um fornecedor confiável e capaz de atender às necessidades dos compradores nacionais e internacionais mais exigentes.

Tendo essa bebida conquistado pessoas e mercados, foi, conforme a COMTRADE, o 107º produto mais negociado nas transações comerciais mundiais. E continua crescendo e mobilizando apaixonados pela bebida nas suas mais diversas formas de degustação, o que mantém o mercado aquecido e com constantes inovações. Um excelente negócio para os que não dispensam um cafezinho.

 

Fontes:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CAFÉ: http://abic.com.br/brasileiros-conquistam-titulo-de-maiores-consumidores-de-cafe-no-mundo/https://comtrade.un.org/https://atlas.media.mit.edu/pt/profile/hs92/0901/

BANCO DE DADOS DE ESTATÍSTICAS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DAS NAÇÕES UNIDAS: https://comtrade.un.org/

THE OBSERVATORY OF ECONOMIC COMPLEXITY: https://atlas.media.mit.edu/pt/profile/hs92/0901/

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