Há quase um ano, contêineres vazios vêm se tornando um problema para muitos portos, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, com pátios repletos. O problema de reposicionamento também é em parte responsável por atrasos e interrupções nas cadeias de suprimentos. De acordo com um estudo da empresa de análise de dados Sea-Intelligence, com sede na Dinamarca, um retorno ao normal no transporte poderá ampliar o número de contêineres vazios no início do próximo ano.
O Porto de Los Angeles ameaça há quase um ano instituir taxas com base no excesso de tempo de permanência, para incentivar os armadores a retirarem os contêineres.
“Se o transporte marítimo voltar ao normal no início do próximo ano, veremos a liberação de 4,3 milhões de TEUs excedentes na América do Norte, que não podem ser expatriados”, alerta a Sea-Intelligence. “Isso potencialmente sobrecarregará os terminais de contêineres vazios nos EUA, um problema que já está começando a se materializar.”
Em sua análise sobre a eventual normalização das cadeias de suprimentos e as possíveis ramificações sobre os fluxos de contêineres vazios, a Sea-Intelligence destaca que o tempo entre o momento em que a carga está pronta no exportador até a entrega do importador será ampliado.
Antes da pandemia, o tempo de transporte era de 45 dias em média, chegando a 112 dias em fevereiro de 2022. No final de agosto, a média estava em 88 dias.
“Como o tempo de transporte está ficando mais curto, os contêineres adicionais serão liberados da cadeia de suprimentos e começarão a se acumular, principalmente na Europa e nos EUA”, prevê a Sea-Intelligence.