Ainda que a presença feminina esteja apagada em diferentes momentos da história, as mulheres estão envolvidas nas operações do comércio internacional desde a antiguidade, com a venda de produtos para países estrangeiros nos portos e feiras. Geralmente, elas dependiam da permissão do marido, que já trabalhava nessa área.
Mesmo que os livros tenham deixado de lado a contribuição feminina para o comex, essas mulheres foram fundamentais para a construção de riqueza de seus países. Muitas vezes, elas comercializavam matérias-primas, artefatos e alimentos ou agiam indiretamente, fornecendo esses itens para serem vendidos pelos homens.
Quando falamos de comex, nos últimos 20 anos, tem sido possível observar mais profissionais femininas, inclusive em posições de destaque. Além de ocupar bons cargos, elas têm feito mais cursos e especializações para atuar na área. Essa representatividade é muito importante para que outras mulheres se sintam inspiradas a ingressarem num setor que ainda é majoritariamente masculino.
De acordo com o artigo “External Trade Effects on Women’s Employment: The case of Brazil”, de Marta Reis Castilho, 53% dos cargos de alta qualificação são ocupados por mulheres nas empresas de exportação. Já nas de importação, esse número representa 32,4%.
Embora com percalços, as mulheres têm consolidado seu espaço em todos os âmbitos da sociedade. No comércio exterior, o avanço delas tem sido expressivo e a tendência é ser cada vez mais forte.