Retenção e atrasos: 40% da frota mundial de contêineres está retida nos portos

A pandemia continua a exercer forte pressão no comércio marítimo global, nomeadamente adensando o congestionamento nos portos um pouco por todo o mundo.

Dados divulgados através do índice de congestionamento mundial de portos, da Clarksons UK, mostram que atualmente há mais contêineres presos em portos do que no auge da pandemia.

Estima-se que atualmente cerca de 37,8% da frota está parada em diversos portos pelo mundo, enquanto o último recorde registrado foi em Outubro de 2021, quando o percentual era de 31,5%.

De acordo com o Professor Thiago Pera, da Universidade de São Paulo, em entrevista para o G1, a alta demanda de contêineres gera também um alto tempo de espera nos portos mais movimentados do mundo, retendo por mais tempo os contêineres nos portos.

Na mesma entrevista, Pera descreve que em Xangai, houve um aumento de 140% acima da média histórica na espera pelo berço, espaço em que o navio pode atracar para realizar suas operações em segurança – durando 1 dia e 19 horas.

Já em Los Angeles, o aumento foi de 16.899%, com uma espera de 8 dias e 12 horas, o maior entre os portos.

No Brasil, a espera média é de 1 dia e 2 horas, aumento de 175%. Em Santos, São Paulo, passou a ter de esperar uma média de 11 dias, o que gera um volume maior de cargas para exportação retidas no porto, de acordo com Wagner Souza, diretor executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), ao ser entrevistado para o G1.

As greves nos setores logísticos tanto nos EUA como na Europa foram fatores determinantes para o aumento desse congestionamento. Enquanto isso, importadores e exportadores de todo o mundo aguardam a liberação de suas cargas, com diversos setores sendo afetados pela falta de insumos.

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